Primeiro de Maio, o Dia de todos nós, trabalhadores de verdade
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Imagem de manifesto no Brasil |
Também nos questionamos sobre o futuro, sobre o que pode estar por vir e o que nós, individualmente e em grupo, poderemos fazer para melhorar e trazer uma esperança e uma possibilidade de dias melhores. Mas apesar do momento de reflexão sabemos que, para isso, é necessário levantarmos as nossas bandeiras de luta, ao menos é o que conta a história do trabalho.
A história do Dia do Trabalho no Mundo
Ainda no ano de 1886 (há 127 anos atrás), os trabalhadores da cidade americana de Chicago realizaram uma manifestação no dia Primeiro de Maio reivindicando a redução de 13 horas para 8 horas de trabalho. Segundo informações, a mobilização se transformou em uma greve geral e contou com a participação de aproximadamente 500 mil pessoas nos Estados Unidos.
Dois dias depois das manifestações, a polícia local acabou entrando em confronto com os trabalhadores acarretando na morte de alguns manifestantes. Os fatos criaram um cenário de mais protestos no dia posterior. Desta vez, uma bomba lançada por desconhecidos acabou matando sete policiais fazendo com que os demais agentes abrissem fogo na multidão multiplicando ainda mais as mortes no episódio que ficou conhecido como Revolta de Haymarket.
Ainda em 1890, depois de várias lutas, os estadunidenses conseguiram pressionar o Congresso dos Estados Unidos para aprovar a redução de 16 para 8 horas diárias.
Em 1889, em Paris, na França, a Segunda Internacional Socialista promove anualmente um dia de manifestações em prol das 8 horas de trabalho diária no dia Primeiro de Maio em homenagem aos trabalhadores mortos nos manifestos de Chicago.
Após vinte anos de lutas, o Parlamento Francês foi o primeiro a ratificar as oito horas diárias e decretar o dia Primeiro de Maio como feriado.
O Dia do Trabalho no Brasil
No Brasil, as mobilizações trabalhistas se iniciaram ainda no ano de 1901 com a greve das pedreiras. A luta em questão era pela redução de 12 para 10 horas de trabalho diário. Até 1903, os movimentos se desencadeiam nas cidades e vários trabalhadores conseguem o reconhecimento para diminuição da carga horária.
Em 1906 é criado a Confederação Operária Brasileira. No ano seguinte, os trabalhadores brasileiros promovem uma série de greves em várias partes do país em busca das oito horas de trabalho diário. Entre 1915 e 1916 são registradas 144 greves.
No ano de 1917 a greve de São Paulo conta com 20 mil trabalhadores de 54 indústrias que lutavam pela regulamentação do trabalho feminino, abolição das multas trabalhistas e 20% de aumento. O movimento acaba gerando conflitos com as forças policiais que acarreta na morte de José Ineguez, de 21 anos. Dois dias depois, 10 mil pessoas comparecem, em forma de protesto, ao enterro do trabalhador.
No dia 12 de julho daquele ano, os padeiros, leiteiros, fornecedores de gás e trabalhadores do sistema de transportes param completamente por uma semana fazendo a cidade de São Paulo ter sua pior semana. O movimento provoca o atendimento das reivindicações e a liberdade dos operários em se associar aos sindicatos bem como a garantia de não haver demissão àqueles que iam às greves.
Não há informações que comprovem, mas a Greve Geral de São Paulo e Rio de Janeiro no Primeiro de Maio de 1919 que paralisou 60 mil trabalhadores na luta pela redução da carga horária diária para 8 horas tenha sido a gênese para que o dia fosse reconhecido no Brasil.
Em 1924, no Governo do Presidente Artur Bernardes, o dia Primeiro de Maio torna-se do Trabalhador no Brasil. Em 1940, a data é marcada por Getúlio Vargas com o lançamento do salário mínimo (que deveria garantir moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer) e em 1941 é criada a Justiça do Trabalho para resolver as questões trabalhistas e em 1943 é anunciada a Consolidação das Leis Trabalhistas, a famosa CLT que garante diversos direitos aos trabalhadores brasileiros.
As ações de Vargas fizeram com que os trabalhadores deixassem de lutar e reivindicar seus direitos através de protestos e passou a comemorar os "novos benefícios" com festas, comemorações e vários outros manifestos em forma de agradecimento.
Dentre as Centrais Sindicais, a CUT foi a primeira a ser criada na década de 80 e atualmente é a maior central sindical da América Latina e a quinta maior do mundo. O SINPREFOR, desde 2000 é filiado à CUT e, desde 2012, tem conseguido criar uma aproximação à Central bem como a todos os sindicatos cutistas da região com a intenção de promover um novo pensamento trabalhista formosense de mais união e informação a todos.
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