SINPREFOR emite nota de repúdio aos atos provocados contra os trabalhadores do Paraná

Nesta semana que antecede o dia do trabalhador, o governo do Paraná cometeu uma verdadeira atrocidade contra vários funcionários públicos do estado. Além de criar um mecanismo que pode violar o direito a aposentadoria de milhares de paranaenses, o governo autorizou o uso desmedido de força contra os trabalhadores de verdade que foram às ruas contra a medida.

Segundo a imprensa, o grupo protestava contra a votação do projeto que autoriza o governo Beto Richa (PSDB) a usar recursos do fundo de pensão ParanaPrevidência como parte de medidas de austeridade e ajuste fiscal. Pouco antes de a votação começar, os policiais se movimentaram afastando os manifestantes de perto da Assembleia. Fontes ligadas à polícia chegaram a informar que 17 policiais foram presos por se recusar a participar do cerco.

Para se ter uma noção, os trabalhadores tiveram de buscar na Justiça o direito de participar das sessões e, mesmo com a liminar em mãos, o governo não permitiu a aproximação dos funcionários para acompanhar a discussão no plenário.

O presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSDB), defendeu a proibição afirmando que o patrimônio público não poderia ser lesado. "Não podemos permitir que vândalos invadam essa casa e se retirem. São sempre os mesmos, e os culpados acabam sendo os professores", disse Traiano.

Vários deputados se posicionaram contra a atitude do governo de afastar os trabalhadores da sessão. O projeto polêmico também tem sido aprovado, mesmo com as manifestações que já tiveram 213 pessoas feridas nos confrontos provocados e promovidos pelo governo.

O SINPREFOR, que sempre defendeu e defenderá movimentos bem organizados e com foco no direito dos trabalhadores, repudia as atitudes feitas pelo governo daquele estado que demonstrou não estar favorável sequer a um debate ou diálogo direcionando estas críticas ao governador Beto Richa e ao presidente da Assembleia, Ademar Traiano e se solidariza com todos os servidores de luta paranaenses que, mesmo depois da tragédia, seguem firmes no movimento contra todos os desmandos.