10º DIA: Primeira proposta não atende categorias e é rejeitada. Greve continua!

Na última quinta-feira (28), a Prefeitura se reuniu com o Comando de Greve pela manhã com o compromisso de trazer uma proposta que atendesse a pauta trabalhista dos funcionários e funcionárias do serviço público municipal.

Em uma rápida reunião com a presença dos secretários de finanças e administração, além da vice-prefeita, foi apresentada uma proposta verbal de 10% de reajuste aos professores que recebem abaixo de 2 mil reais e 20% de reajuste no salário base dos funcionários da Garagem.

Após apresentação da proposta, os dirigentes do sindicato de Formosa questionaram se haveria reajuste aos professores que recebem acima de 2 mil reais, bem como uma propositura para as merendeiras e merendeiros, o que foi contrariado pelos representantes do governo.

Na sequência, o presidente do sindicato de Formosa afirmou que a proposta do reajuste de 10% para o grupo de professores que recebem abaixo de 2 mil reais era inconstitucional. Também questionou se o reajuste para a Garagem incidiria no salário base ou se seria uma gratificação e cobrou propostas para as ASHA, os funcionários da saúde e demais categorias, além de solicitar respostas quanto aos retroativos de todos.

A equipe de governo voltou a afirmar que a cidade passava por uma situação complicada e dificilmente atenderia estas solicitações neste momento. Mais uma vez, os representantes dos trabalhadores voltaram a discordar afirmando que os principais recursos federais de 2015 fecharam com aumento e causava estranheza todos os salários estarem congelados há mais de um ano.

Por fim, percebendo que os integrantes do governo estavam querendo encerrar a reunião o mais rápido possível e notando que não haveria avanços nas conversas, o grupo de representantes dos trabalhadores voltou a pressionar por propostas para todos e solicitou a proposta por escrito para que fosse apresentada na Assembleia.

A ASSEMBLEIA

Pela tarde, dirigentes do sindicato de Formosa buscaram a proposta na secretaria de administração que teria dito que o departamento jurídico havia confirmado que a proposta de 10% para os professores que recebem até 2 mil era realmente inconstitucional, o que acabou sendo retirada da proposta.

Para piorar, após receber o documento, a proposta verbal de 20% sobre o salário base para a garagem se transformou em uma proposta de gratificação de periculosidade (que não pode ser cumulativa com a insalubridade podendo ser retirada a qualquer tempo) e que inclusive seria pago apenas para as categorias de risco da garagem, o que não incluiria todos.

Ao ser lida na Assembleia, os integrantes do Comando de Greve deixaram claro que, ao pagarem a periculosidade, não só poderiam retirar a insalubridade, como era necessário haver um estudo para ver quais trabalhadores estão em risco ou não. Chegou-se a conclusão de que 20% de periculosidade viriam e os ganhos com insalubridade seriam retirados deixando todos na mesma.

Com isto, todas as categorias votaram contra a proposta e ratificaram a contra proposta com todas as solicitações dos direitos em atraso bem como a continuidade da greve. Na sequência houve a receptividade dos colegas da Guarda Municipal no movimento e houve caminhada nas principais ruas da cidade e marcação da próxima Assembleia na segunda-feira (01/02).

O PREFEITO

Pela sexta vez, na sexta negociação, o prefeito não compareceu para dar satisfações quanto aos direitos.