Autorizada a implantação da Escola Sindical do SINPREFOR que levará nome de ex-dirigente

O projeto de Escola Sindical é relativamente antigo no sindicato, data do início do ano de 2014. Porém, sua discussão para efetiva criação sempre ficou emperrada devido a outras discussões em torno das pautas trabalhistas urgentes e dos ataques governamentais aos direitos dos trabalhadores que direcionaram a luta para a preservação dos direitos e briga pelos não cumpridos pela administração bem como a uma diversidade de atividades.

A ESCOLA DE FORMAÇÃO SINDICAL DO SINPREFOR

O projeto da Escola Sindical basicamente sugere a implantação de cursos, palestras e seminários que tenham como principal objetivo: a) Fortalecer a união dos trabalhadores e a união das categorias; b) Fortalecer o sindicato; c) Promover debates sobre a importância do trabalhador e de sua entidade representativa; d) Intensificar a análise da conjuntura mundial, nacional e municipal; entre outros tópicos correlatos.

Os cursos, palestras, seminários e assuntos a serem debatidos serão abertos a todos os funcionários públicos municipais filiados que não pagarão nenhuma taxa para participar da escola de formação sindical.

Outros cursos fora dos principais objetivos, mas que sejam de extrema importância para o funcionalismo público municipal também poderão ser elaborados e incluídos. Também será aceito sugestão dos filiados quanto a quais temas devem ser abordados para que sejam incluídos ou trocados pelos temas iniciais.

O fato é que, inicialmente, em fase de testes, o sindicato deverá realizar um curso sobre a história do sindicalismo brasileiro, seus principais feitos, sua motivação e sua necessidade. O curso oferecerá número limitado de lugares e será realizado na sede do sindicato.

NOME DA ESCOLA HOMENAGEARÁ PROFESSORA EX-DIRIGENTE DO SINPREFOR

Também aprovado por unanimidade na reunião de diretoria, o nome da Escola de Formação Sindical deixará de levar o nome da entidade para homenagear a passagem da professora Maria Aparecida Vaz da Costa, a Koka, no sindicato e que faleceu no começo do mês.

Segundo Alex, a proposta de alteração no nome não só foi aceita como foi muito parabenizada pelos demais dirigentes: "Pra dizer a verdade, a homenagem é muito pequena, mas de grande sentimento e reconhecimento não só nosso, mas com certeza de todos os funcionários. Ela sempre defendeu um lado definido. O dos funcionários e o da coletividade. Teve formação em história e foi uma das primeiras lideranças a tirar o nosso sindicato da linha conformista no passado sendo extremamente crítica e leal ao direito dos funcionários. Ou seja, uma das primeiras formadoras sindicais que com certeza merece ter seu nome estampado neste projeto" disse.

A família de Maria Aparecida Vaz da Costa ainda não foi informada sobre a homenagem e, durante a semana, o sindicato deverá tomar providências em relação a isto.

PRÓXIMOS PASSOS

Com a autorização da implantação da Escola Sindical Maria Aparecida Vaz da Costa, os dirigentes agora passarão pela fase de levantamento de material, criação dos primeiros cursos e/ou palestras, planejamento pedagógico e agendamento dos dias de cursos com seus respectivos responsáveis.

Estima-se que entre 30 e 90 dias toda esta fase deverá ser concluída de modo que, a partir daí serão feitas as publicidades para os respectivos cursos.

Outros tópicos que deverão ser discutidos em outras reuniões é sobre a criação de uma Coordenação Geral da Formação Sindical. O projeto inicial não previa a necessidade de haver um coordenador. No entanto, com o passar do tempo observa-se a necessidade de discutir a definição da responsabilidade total do projeto.

Em relação ao investimento do sindicato na Escola, também foi aprovado que todo o material didático utilizado para o desenvolvimento das aulas, palestras e abordagem dos assuntos serão arcados pela entidade. Em relação a equipe de formadores, os seus componentes deverão ser voluntários, principalmente os dirigentes sindicais. Formadores provenientes de outras cidades poderão ter parte de suas despesas arcadas pela entidade. Tópicos que também ainda deverão ser discutidos.

Na visão de Alex, o sindicato demorou em investir nesta fase: "É uma pena que, depois de estar na direção desde 2012, só depois de dois anos é que a ideia surgiu e, agora, depois de mais dois anos e meio, é que a proposta andou positivamente. Claro que um conjunto de situações não permitiu a implementação dessa ferramenta antes, mas foi um atraso que poderia ter sido evitado. Enfim, faz parte de todo processo evolutivo e antes tarde do que nunca. Agora é ter paciência para fazer com que o projeto comece bem fortalecido. Porque podemos até concordar que demoramos pra ter nossa escola, mas não devemos e não podemos admitir que ela não cumpra com seu papel" disse ele.

A medida que a Escola Sindical Maria Aparecida Vaz da Costa for sendo implementada, o sindicato estará informando pelo site e suas redes sociais sobre maiores detalhes.

CURIOSIDADE: SINDICATO JÁ VINHA FAZENDO TRABALHO DE FORMAÇÃO ANTES DA ESCOLA

Em 2012, com o intuito de levar mais conhecimento sobre os direitos dos funcionários públicos municipais, o SINPREFOR realizou a "Palestra dos direitos e deveres" elaborada por dirigentes e o departamento jurídico do sindicato.

Em duas edições, as palestras foram realizadas aos Agentes de Serviço em Higiene e Alimentação e, posteriormente, aos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias.

Devido a dificuldade em realizar mais palestras - por conta da falta de participação e liberação dos funcionários - o projeto havia ficado temporariamente fora do ar e, com o advento da Escola Sindical, poderá retornar em novo formato e mais abrangente.

Matéria publicada em 10 de outubro de 2016
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